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terça-feira, 31 de maio de 2011

Letras e números


Palavras em árabe

Português                                          Árabe
Oi                                                   marhaba
Tchau                                              masalam
Sim                                                 aywa/nam
Não                                                lá
Eu                                                   ana
você                                               enta(F) /ente(M)
Obrigada                                        chukran
De nada                                          afuan/salam
Amiga                                             sadikah
Professora                                      ozteza/malme
Aluna                                              telmize
Eu                                                   sei ana bárif
Eu                                                   também ana kêmen
Um pouco                                       chuai
Devagar                                          chuai-chuai
Mais ou menos                                 rec-rec
Por Favor                                        min fadlac
Saúde                                              saha
Chega                                              Bás
Bonita                                              Jamila
Feliz                                                 Mabçut
Deus me livre                                    Ialatif
Que deus esteja com Você               salaam aleikon resposta:aleikon salaam
Paz ou Tchau                                    Salam
Boa Dia                                            sabaha elkreir
Boa Tarde                                        masã elkheir
Boa Noite                                         tisbah álakheir
Que bom                                          Mnih
Dançar                                              er'os
Eu te amo                                          ana hebac/ana kemem(eu também)
vamos                                               yalla
Porque                                              Lech
O que                                               Chu
Kif                                                    Como
Toalette                                             hamem
Beijo                                                 bauce
Como vai?                                         Kifac
vem                                                   Tai(f) tala(m)
você é meu amor                                inta habibi
acabou                                               halas

Maquiagens lindas para bailarinas

Dicas para bailarinas

Pequenos detalhes e cuidados que podem enriquecer e dar o devido respeito a sua personagem:
As dicas abaixo são referências de anos de convivência com o público, todos os dias. Portanto, vale pensar e fazê-las parte de seu cotidiano como bailarina.
Atente que modismos, muitas vezes, não encaixam-se e surtem efeito contrário.

Cabelos
É um dos pontos que mais importantes em se tratando de visual. Os cabelos bem tratados suscitam comentários positivos e despertam a atenção de todos os presentes. Para dança árabe, existe uma preferência por cabelos longos. Tinturas passadas da hora, ou aparecendo a raiz do cabelo (duas cores), denotam descuido e prejudicam a sua imagem.

Roupas
Se você quer causar um grande impacto use uma roupa bem acabada e de qualidade. Artigos carnavalescos e simplórios denotam aquelas roupas que aluga-se em lojas, sempre com lantejoulas faltando e pano de segunda categoria. Felizmente, já existem ateliers que podem lhe proporcionar a comodidade de comprar algo bem adequado ao seu estilo ou seu corpo. Lembre-se sempre de combinar as cores da roupa com os acessórios. A abertura da saia deve ter sutileza, nada que agrida ao olhar. Desfilar pernas antes do show criará um clima pesado no público durante sua dança. Não utilize meia-calça.

Capa (galabia)
Deve ter cor discreta, um palmo abaixo dos joelhos e sempre passada. A primeira impressão é a que fica. Ao chegar, sua capa dará sua ficha para o público presente. A capa favorece que você não circule pelo ambiente do show expondo a roupa com a qual você vai se apresentar. Saiba manter a magia do momento e a sua posição como profissional.

Sapatos
Apresentações com sapatos não são bem aceitas pelo público brasileiro. Dê preferência para utilizá-los na chegada e ao deixar o evento. Lembre-se também que sapatos usados, o público percebe que são "usados"....e fala ! Plataformas são abomináveis !

Mala
Tenha sempre uma elegante mala de rodinhas. Lojas de produtos de couro tem diversos modelos. Não compre a mais econômica. Sacolas, bolsas ou mochilas não combinam com uma bailarina. Em grandes eventos, convém ter sempre uma frasqueira à mão.

Maquiagem
Procure estar com a maquiagem correta para cada evento (veja nas dicas das outras páginas). Cuidado sempre com os exageros. Deve ter classe, independente do local que você vá. A maquiagem bem feita é uma propaganda sua. Nunca chegue à um local sem ela. O ideal é chegar pronta. Eventos grandes, onde existem bastidores e a entrada em cena vai demorar, não há problema em maquiar-se no local.

Sorriso
O sorriso deve ser discreto. Bailarina não dá "gargalhadas" ou ri alto. Evite participar de rodinhas de piadas e comentários antes e depois do show.

Entonação de Voz
Falar com moderação e equilíbrio também é uma arte. Também deve ser estudada. Vozes estridentes ou que alternam o volume podem alterar o conceito que fazem de você numa festa. Fale sempre com calma, moderação e, de preferência, pouco. Atente para a modulação de sua voz. Não faça comentários venenosos ou picantes.

Mãos e Pés
Manter sempre as unhas das mãos e pés feitos. Se não for possível, deverão estar impecavelmente limpas.

Olhar
É pelo seu olhar que muitos dos presentes formam uma impressão da sua personagem. Portanto, assuma uma condição de "anjo" (não tenha sexo). Aqui o bom senso deve imperar. Evite fixar o olhar em determinada pessoa e não tenha altivez. A sua personagem deve ser "inofensiva" em qualquer evento. As crianças devem simpatizar e não ter medo dela; o mesmo vale para as mulheres com seus respectivos parceiros. Não se trata de fingir, mas sim de equilibrar soberania, simplicidade e simpatia (muito difícil, por sinal...). Não se estabelece empatia com o público se você não tiver essas noções básicas. É no olhar que se conhece uma pessoa.

Adornos de Cabelo
Cuidado para não cair para o exagero. Excessos de objetos pendurados nos cabelos também poluem o seu visual. Um adorno simples, mas que combine com seu formato de rosto, irá causar um grande impacto e dar um efeito favorável. Existem muitos modelos. Experimente diversos, na medida do possível, antes de comprar. Algo que aparenta estar belíssimo num momento de euforia poderá ser considerado fora dos padrões por você mesma algumas horas depois. Contenha o impulso de comprar.

Acessórios
Uma aparência exótica não deixa de ser interessante. É importante ter uma harmonia na combinação dos acessórios. Brincos pesados podem enganchar num giro com véu ou ferir a orelha. Alguns dos objetos, após o uso, oxidam (ficam escuros em função do suor ou contato com o ar) e precisam ser imediatamente polidos ou, na pior das hipóteses, aposentados. Não queira dar uma chance de uma apresentação "a mais" para eles, pois o público não dará uma segunda chance antes da falar do seu descuido.

Acessórios de Dança
É estranho uma bailarina chegar à um evento com um pandeiro (dâff) nas mãos, ou uma espada, um bastão ou uma bengala. Traga-os sempre embalados (capas de tecido).
Cinto O ajuste deve ser perfeito, sem aquela "lapela" de abertura que costuma ficar por causa dos alfinetes mal colocados ou alargamento após uso prolongado. Seu cinto sempre deve estar passando por reformas. Aparentou que é usado, aposente-o. Aprenda a não economizar no seu visual. É a sua imagem que está em jogo.

Véu
Alguns tecidos sintéticos amassam e perdem o glamour que poderiam dar. Passe sempre antes de cada show. Deixe-o arejar quando chegar em casa. Deve sempre estar levemente borrifado com seu perfume... mas lembre-se.... leeevemente !
Perfume Aqui chegamos num ponto muito importante. É um trabalho de pesquisa e paciência encontrar o perfume que mais se aproxima ou seja adequado ao seu cheiro de corpo. Lembre-se que um perfume que fica bem em alguém, em você pode não surtir o mesmo efeito. Portanto, busque sempre, para encontrar diversas vezes. Evite perfumes da moda. Se conhecer um perfumista que possa desenvolver um específico para você, ótimo. Perfumes doces não agradam a preferência nacional. Opte por algum que atenda à maioria: cítrico, amadeirado ou floral e ...extremamente suave. O que deve ficar de você no ar é uma bruma....

Depilação
A depilação deve ser feita, de preferência, um ou dois dias antes do seu evento. Assim você não corre o risco ficar com a pele irritada no dia. Não corra o risco de aventuras com novos métodos próximo a data do evento. Determine para você mesma os melhores períodos para fazer sua depilação e siga a risca as datas.
Postura O caminhar deve ser elegante e tranqüilo. Se houver um sofá para aguardar, por exemplo, jamais fique "esparramada". Tudo com moderação. Em uma festa, não fique procurando o que comer. Dance e retire-se. Coma e beba só o necessário. Sem exageros. Você está numa condição de "vidraça muito fina" quando chega à um evento. Ao menor deslize, ela estilhaça.

Tatuagens & Piercings
É bom deixar claro que tatuagens não fazem parte do contexto quando trata-se de dança árabe. É atualmente um modismo, da mesma forma que os piercings. Nos países árabes, principalmente onde predomina a religião muçulmana, mulheres com tatuagens não são bem vistas. Portanto, cuidado. O fato de ter visto alguma bailarina com tatuagem, não quer dizer a "totalidade". Principalmente, se você já tem uma, deve ter a precaução e o bom senso de saber se ela não agride à todos os tipos de público. Pessoas de idade, principalmente senhoras, também não veêm com bons olhos. Modismos que agradam à jovens podem não agradar a um público executivo e/ou extremamente fino. Lembre-se sempre que você não vê pessoas em altos cargos de grandes empresas (bancos, multinacionais, ...) com tatuagens. Existe um estigma que nem todas atentam para isso. Defina que quantidade de público você quer ter antes de optar por uma definitiva. Tatuagens de henna, pequenas e delicadas podem ser feitas nas mãos e pés, mas não são uma condição visual.

Pele do Rosto e Corpo
Sempre deve estar bem cuidada. Nada de cravos, espinhas ou manchas (evite frituras, chocolates e produtos altamente calóricos). Dica: limpe-a, tonifique-a e hidrate-a. Manchas na perna, principalmente no lado da abertura da saia, devem ser atenuadas com maquiagem e ocultadas, de preferência. Se desejar, utilize um pouco de gliter para dar um pequeno brilho (mas um pouco só ....quase nada). Marcas do último verão por sobre a roupa de dança (cintos ou soutiens), não tem nada a ver e ficam horríveis. Não são tão elegantes ou sensuais assim.

Dentes e Hálito
O hábito de escovar os dentes sempre após as refeições tira muito as possibilidades de você ter um hálito forte ou desagradável. Procure antes de sair para um show comer umas duas bolachas salgadas, para independente do tempo que tiver que aguardar, seu estômago não fique vazio. A cada duas horas, uma bolacha. Balinha de hortelã ao sair de casa não faz mal a ninguém. Chicletes em público, nem pensar. Procure beber água da forma correta, à cada duas horas. Com essas dicas você elimina, e muito, algo que poderia ser um pesadelo para você: hálito indesejado.

Odor da Roupa
Sempre após um show, ao chegar em casa, coloque sua roupa para arejar. Tire da mala, por mais cansada que chegue, e tome as providências, já pensando "na próxima vez". Não existe nada mais desagradável que dançar com uma roupa que tem odor de suor do show anterior. Cuide para não acontecer com você.

Autógrafos
O autógrafo deve ser algo pessoal. Sempre pergunte o nome da pessoa e escreva algo para ela. É uma questão de respeito por quem te admira. Seja lúcida e entregue-se ao momento. Lembre-se: um dia você pensou que seria muito interessante dar seu autógrafo à alguém. Isso te enchia de orgulho. Mantenha pelo decorrer dos anos... e nunca perca isso !

Texto original extraido do site www.khanelkhalili.com.br

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segunda-feira, 30 de maio de 2011

O que é Taxin?

Taxin significa improviso, por isso é uma improvisação de instrumentos melódicos. Normalmente é encontrado no início e meio de músicas,como é o caso das músicas Balady(utilizadas na dança folclórica egípcia Balady).E em outras musicas clássicas da dança do ventre.
Para dançar o taxin a bailarina precisa sentir a música, prestar atenção na alteração de velocidades, como se a música comandasse o seu corpo que responde a cada nota musical com ondas por todo seu corpo.
É uma dança introspectiva que quase não tem comunicação com o público pois, a bailarina deve estar muito concentrada na música,quanto maior a concentração maior será a atenção do público.O taxin pode ter ritmos árabes dados pelo derbak em seu fundo como base da música,os ritmos mais utilizados são whada wo noz,whada tawille e tshiftitili.
Em alguns momentos do taxin pode ser feito um “jogo de perguntas e respostas” quando um instrumento faz um acorde curto e outro responde com outro acorde curto, esta brincadeira deve ser interpretada pela bailarina que obedece a música.
Existe também o taxin que é o improviso feito pela voz do cantor (quando ele canta aililili ay lili ye ainy...) esta improvização é chamada de mawal.
Os principais instrumentos utilizados no taxin são: Alaúde, acordeom, violino, teclado, nay, mizmar, kanoum
*obs:Quando dançamos um taxin de kanoum normalmente utlizam-se movimentos com shimie pois as cordas são tocadas de maneira mais acelerada e este movimento cabe perfeitamente.

Danças árabes

Dança da Espada

Existem várias lendas para a origem da Raks Al Saif ou Dança da Espada. Uma delas diz que é uma dança em homenagem à deusa Neit, uma Deusa Guerreira. Ela simbolizava a destruição dos inimigos e a abertura dos caminhos. Uma outra, diz que na antigüidade as mulheres roubavam as espadas dos guardiões do rei para dançar, com o intuito de mostrar que a espada era muito mais útil na dança do que parada em suas cinturas ou fazendo mortos e feridos. Dançar com a espada permite equilíbrio e domínio interior das forças densas e agressivas. Uma terceira lenda conta que na época, quando um rei achava que tinha muitos escravos, dava a cada um uma espada para equilibrar na cabeça e dançar com ela. Assim, deveriam provar que tinham muitas habilidades. Do contrário, o rei mandaria matá-lo.
Outra história remete à época de guerra entre turcos e gregos. Os otomanos teriam contratado algumas bailarinas para levarem vinho e dançarem para os soldados inimigos. Quando estivessem embriagados, elas deviam pegar suas espadas e outras armas para dançar, facilitando o ataque. Uma outra lenda, diz que grupos de beduínos atacavam viajantes que passassem perto de seus territórios, no deserto, durante a noite, para roubar as mercadorias que transportavam. Os mercadores eram mortos e as mulheres beduínas ficavam com suas espadas. Para comemorar a vitória da tribo, elas dançavam exibindo-as como troféus.
O certo é que, a apresentação da bailarina com a espada, exige equilíbrio e habilidade em conjunto com os movimentos realizados graciosamente. Ela deve colocar a espada na cabeça, no peito e na cintura com muita suavidade. É importante também escolher a música certa, que deve transmitir um certo mistério. Jamais se dançaria um solo de Derbake com a espada.

Dança do Punhal

Hoje em dia o punhal é considerado uma derivação da espada, não tendo um significado padrão. Seu traje é comum e o ritmo mais usado é o Wahd Wo Noss. Porém, a história antiga nos revela que essa dança era uma reverência à deusa Selkis, a Rainha dos Escorpiões e representava a morte, a transformação e o sexo.
Na Arábia e no Marrocos é tradição. Esta dança era usada nos bordéis da Turquia e há quem fale que quando a bailarina dança com a lâmina para dentro quer dizer que ela está acompanhada e quando dança com a lâmina para fora, quer dizer que "está livre".
Existem crenças a respeito dos significados de cada gesto que a bailarina faz com o punhal durante sua dança. Vejamos alguns deles:
Colocá-lo na testa na horizontal significa magia; colocá-lo na testa com a ponta para baixo, significa morte; dentro do sutiã significa sexo; entre as mãos significa boas vindas, alegria; colocá-lo entre os dentes significa sedução. Rodar com ele na testa, significa destreza, habilidade; deitá-lo sobre os seios, quer dizer que está apaixonada; pagá-lo com a ponta dos dedos e rodá-lo é o sucesso da bailarina. Passá-lo pelo corpo, significa querer seduzir alguém e dançar batendo-o na bainha quer dizer que está chamando.
Sabe-se que era na verdade uma arma para defesa em situações que colocassem em risco a vida. Por isso, ficou bastante associada aos ciganos e às mulheres que dançavam na rua em troca de dinheiro
Dança do Castiçal ou Dança do Candelabro

Raks Al Shamadan. Este tipo de dança existe a muitos anos e fazia parte das celebrações de casamento e nascimento de crianças. É tradicionalmente apresentada na maioria dos casamentos egípcios, onde a bailarina conduz o cortejo do casamento levando um candelabro, específico para a dança, na cabeça. Desta maneira, ela procura iluminar o caminho do casal de noivos, como uma forma de trazer felicidade para eles.
Hoje em dia, é comum que a bailarina apresente a dança do candelabro no começo de seus shows. Este pode ser de 7, 9, 13 ou até mesmo de 17 velas, a critério de cada uma.
É de costume que a roupa seja toda preta ou toda branca, mas não há problema nenhum em dançar com roupas de outras cores também. O ideal é que a roupa seja composta e adequada para este tipo de dança que é considerada sagrada, por celebrar casamentos e nascimentos de crianças.
As velas, na maioria das vezes, são brancas, porém há quem goste de velas coloridas e acreditam em seus significados. Vermelho é o amor passional, sexo e fecundidade. Lilás é transmutação, amarelo é saúde, verde é dinheiro, branco é pureza, azul é carinho e rosa é afeto.

Dança das Taças

Sendo uma derivação da dança do candelabro, a bailarina dança com duas tacinhas, uma em cada mão, que contém uma velinha em cada uma. Ela exterioriza sua deusa interior, fazendo do seu corpo um veículo sagrado e ofertado. Utilizando o fogo das velas, que representam a vida.

Dança da Serpente

Por ser um animal considerado sagrado e símbolo da sabedoria, antigamente as sacerdotisas dançavam com uma serpente de metal (muitas vezes de ouro). Atualmente vê-se algumas bailarinas dançando com cobra de verdade, mas isto deve ser visto apenas como um show de variedades, já que nem nos primórdios da dança o animal era utilizado.
Justamente por ser considerada sagrada, a serpente era apenas representada por adornos utilizados pelas bailarinas e pelo movimento de seu corpo.

Dança com Véu ou Dança com Lenço

A dança com lenço sugere uma brincadeira com as peças do vestuário usadas no dia a dia. O lenço pode ser usado na cabeça por diferentes motivos: o mais conhecido no ocidente é a obrigação muçulmana de usa-lo por motivos religiosos; porém, as beduínas e tuaregs o utilizam para proteger sua pele e seus cabelos dos rigores do deserto.
Os véus foram incorporados às apresentações de dança do ventre como forma de enriquecer o espetáculo com seus movimentos suaves, mas acredita-se que seu uso é moderno e tem poucas ligações com o folclore tradicional.

Dança dos Sete Véus

Existem duas versões para a famosa dança dos sete véus. Uma delas, é uma alusão ao mito de Ishtar, deusa babilônica do amor e da fertilidade. Na Bíblia esse mito foi adaptado e tornou-se a conhecida história de Salomé. Diz o mito que o amado de Ishtar morreu e foi levado ao centro da terra. Como uma alegoria do constante morrer e renascer da natureza, Ishtar desesperada foi atrás dele para traze-lo de volta à vida. Ela teria que passar sete vezes por sete portais e, em cada vez, deixar uma jóia e um véu.
A dança dos sete véus de Ishtar, que ficou conhecida como a "Dança de Salomé", foi escrita na Bíblia com um sentido oposto. No mito original, Ishtar trazia de volta a vida; na Bíblia, Salomé causava a morte.
Outra versão é que a dança dos sete véus era uma dança onde os véus representavam os sete chakras do corpo, desde um estágio mais primitivo até um estágio mais desenvolvido, simbolizando a evolução humana através dos tempos. A retirada e o cair de cada véu significavam o abrir dos olhos que desperta a consciência e a evolução espiritual da mulher.
Os véus amarelos representam o Sol, eliminam o orgulho e a vaidade excessiva, trazendo a alegria, esperança e confiança. O laranja representa Júpiter, que dissolve o impulso dominador e dá vazão ao sentimento de proteção e ajuda ao próximo. O vermelho representa Marte, significando a vitória do amor cósmico e da confiança sobre a agressividade e a paixão. Lilás representa Saturno, mostrando a dissolução do excesso de rigor e seriedade, a conquista da consciência plena e o desenvolvimento da percepção sutil. Azul representa Vênus, revelando que a dificuldade de expressão foi superada, em prol do bom relacionamento com os entes queridos. Verde representa Mercúrio, mostrando a divisão e a indecisão sendo vencidas pelo equilíbrio entre os opostos. E, por fim, o branco representa a Lua; a queda deste último véu mostra a imaginação transformada em pensamento criativo e pureza interior.

Dança com Snujs

Pequenos címbalos de metal, instrumentos de percussão para acompanhamento rítmico, que a bailarina usa entre os dedos nas apresentações. São em número de 4, sendo um par em cada mão.
Dizem que os snujs eram usados pelas sacerdotisas para energizar, trazer vibrações positivas e retirar os maus fluidos do ambiente.
Conhecer e aprender a diferenciar o ritmo árabe é essencial para conseguir tocar snujs. É preciso desenvolver um ouvido musical, as noções de ritmo e contagem de tempo. Um mesmo ritmo pode ficar mais lento ou mais rápido, conforme a música que estiver sendo executada. Se ainda não houver domínio sobre a parte musical, fatalmente a bailarina se atrapalhará quando o ritmo da música se alterar. Ela corre o risco, inclusive, de errar também na sua movimentação corporal.

Dança com Pandeiro

Tradicionalmente, a mulher sempre foi boa no toque do pandeiro. Na maioria das vezes, ela tocava para outras mulheres dançarem. Porém, com a influência cigana, passou a tocá-lo também durante a dança.
Ligado a ritmos folclóricos, esse instrumento está relacionado com o mais autêntico espírito oriental, por isso o traje de quem o toca deve ser o vestido. Com o som forte do pandeiro, a bailarina deve marcar o ritmo com precisão e graça.
Era sempre feita com o sentido da comemoração, da alegria e da festa. Assim como os snujs, acompanha-se seu som com o ritmo da música. A melodia ideal é a que tem bastante toques de pandeiro.

Dança do Bastão ou Dança da Bengala

Há uma dança masculina originária de El Saaid, região do Alto Egito, chamada Tahtib. Nela são usados longos bastões chamados Shoumas. Estes bastões eram usados pelos homens para caminhar e para se defender.
Note que Saaid também é o nome do ritmo originário desta região. As mulheres costumam apresentar-se utilizando um bastão leve ou uma bengala, imitando-os, porém com movimentos mais femininos. Elas apresentam-se ao som do ritmo Saaid original, que é o mais comum e o mais usado. Porém pode ser dançado também com Maksoum, Malfouf ou até mesmo o Baladi.
Durante a dança, a mulher apresenta toda a sua habilidade, equilíbrio e charme. Costuma-se chamar esta dança feminina de Raks El Assaya (Dança da Bengala). A Raks El Assaya foi introduzida nos grandes espetáculos de dança do ventre pelo coreógrafo Mahmoud Reda. Fifi Abdo teria sido a primeira grande dançarina a apresentar performances com a bengala. Porém ela se apresentava com roupas masculinas.
A roupa típica da dança da bengala é um vestido com um lenço no quadril e um adereço qualquer na cabeça, um lencinho, etc. Não se deve, nunca, dançar somente com duas peças (sutiã e cinturão) a dança da bengala. A roupa pode até ter uma "barrigueira", vestidos com buracos, enfim, mas nunca só com a roupa de dança do ventre comum (duas peças).

Khalige

Também conhecida como Raks El Nach'at, é uma dança tradicional originária do Golfo Pérsico, da Arábia Saudita e dos Emirados Árabes.
Em festas femininas e casamentos é comum que as mulheres coloquem o tradicional vestido khalige por cima de sua roupa de festa e dancem sempre. São festas fechadas e familiares.
Os países onde este ritmo é mais conhecido são: Kuwait, Katar, Arábia Saudita e Emirados Árabes.
No oriente, é chamada dança dos desertos, já que os nômades são os dançarinos tradicionais. As mulheres vestidas com suas longas túnicas de corte geométrico e ricamente bordadas, dançam de forma bastante sensual movendo a cabeça, mexendo os cabelos e marcando o ritmo com os pés.
Nos shows tradicionais fora de seu país de origem, às vezes a bailarina para homenagear alguém da platéia que provém de um destes países, insere uma pequena demonstração de khalige em sua apresentação, o que faz a alegria dos turistas.

Dança do Jarro

Raks Al Brik ou Dança do Jarro é realizada apenas por mulheres. A vida em regiões desérticas e a forte repressão sexual, estimularam a mente de cantadores e músicos. Alguns compunham versos e rimas de amor para cantar a beleza das moças que iam buscar água na fonte. Seus rostos ficavam quase sempre cobertos, assim como todo o corpo; porém, ao se aproximar da água era preciso arregaçar as mangas ou subir um pouco a saia para não molhar os trajes. Era o delírio dos rapazes que poderiam apreciar tudo o que ficava escondido.
Essa tradição é tão antiga que se perde no próprio tempo. As mulheres, para carregarem os pesados jarros cheios de água, colocavam tecidos sobre a cabeça e andavam equilibrando os potes. Muitos desses jarros eram feitos de barro, se caíssem poderiam se quebrar; isso daria muita confusão para uma escrava. Dessa habilidade de equilibrar um jarro sobre a cabeça, nasceu um tipo de dança comum no Norte da África. Muitos senhores de escravas ofereciam para seus hóspedes, exóticas apresentações na hora de servir o vinho. As coreografias eram marcadas por giros e movimentos rápidos dos pés, sem que uma gota sequer do conteúdo dos jarros caísse no chão. Ao final da apresentação, o líquido era despejado em taças de metal para ser bebido pelos convidados.

Melea-Laff

Melea é um tipo de véu oriental que ganhou popularidade no Egito nas décadas de 30 e 40, sendo única e exclusivamente deste país.
O que é Melea-Laff? É lenço enrolado. Enrolado porque nesta dança as mulheres se envolvem em lenços pretos, de tamanho grande e tecido grosso, que pode ser ou não bordado.
Seu maior atrativo era que, apesar de esconder o corpo, por ser escuro e pesado era ao mesmo tempo revelador, pois o tecido era enrolado bem apertado ao redor do corpo.
Melea-Laff era dançada pelas meninas do Cairo, sendo muito comum que a bailarina fosse extremamente carismática, muito charmosa e bastante exagerada nos gestos. São gestos bem típicos das mulheres baladis do Egito. Hoje em dia é normal que você veja uma bailarina representando esse personagem e entrar para dançar mascando chicletes e falando em árabe no meio da música, por exemplo.
Apesar de ter origem nos trajes humildes dos vilarejos, por ser inspirado nos xales usados pelos gregos de Alexandria, a melea tornou-se item muito popular da moda egípcia.
A borrka é um tradicional acompanhamento desse traje, que nada mais é, que um véu tricotado para o rosto, com amplos buracos que acrescentam mistério ao rosto, em vez de cobrir, no sentido tradicional do Islã.
Apesar de dançar profissionalmente não ser considerado "certo", as mulheres encontravam uma maneira de realçar suas danças nas ocasiões festivas e comemorações. Começavam a dançar lentamente com a Melea-Laff, usando o gesto de se enrolar como parte da dança. O véu enrolado apertado e justo ao corpo mostrava as curvas do quadril e da cintura. Assim, o véu era utilizado para criar um tipo de dança provocante, ainda que totalmente coberta.
A dança com Melea representa a dança misteriosa mais usada para o flerte.
Uma dançarina que usava a dança de Melea como um dos itens mais populares de seus shows era Fifi Abdo, pois relembrava uma época agradável da história recente do Egito, quando a economia estava em alta e as mulheres viviam uma liberdade diferente e a possibilidade do flerte que veio através dessa moda com o véu.
Para dançar Melea-Laff, é preciso que você saiba enrolar o véu de maneira correta no corpo, manuseá-lo e ter muito charme e muita graça!
14) Andaluz
Originado pelos mouros islâmicos afastados da Espanha. Este estilo também denominado de "Malouf", é caracterizado por passos ligeiros e braços com graciosidade arabesca, que desenham os meandros da melodia.
Um véu evidencia a sinuosidade dos movimentos. Acompanhado de uma música clássica: nouba.
Nouba designa "um por vez", na pauta ou na composição musical. É concentrada em uma série de peças vocais e instrumentais construídas sobre um tab ou modo particular. O desenrolar é variado dos ritmos e movimentos variados. No início, nouba correspondia a cada hora do dia e da noite, assim como as regras indianas. Devido à sua transmissão oral, perdeu sua significação, por culpa do tempo e da memória. A orquestra para a execução do Malouf, deve estar composta de instrumentos de corda, sopro e percussão.
Este estilo foi executado para grandes califas, sultões, reis, sheiks e mais tarde, gerou o estilo de dança conhecido como andaluz, muito sofisticado e apreciado por um público cativo.

Solos de Derbake

Derbake ou Tabla é um instrumento de percussão imprescindível, pois é ele que marca o ritmo do resto do grupo musical. Antigamente, era feito de barro e pele de cabra e os músicos sentavam em cima dele momentos antes de tocá-lo, para aquecê-lo. Atualmente, são feitos de fibra e plástico.
Dança com solo de derbake simboliza a técnica mais antiga e enraizada da bailarina, um momento de êxtase, com fortes batidas do coração e o sangue circulando nas veias.
Nos solos de percussão, a bailarina expressa através do quadril, o que é mais belo e tecnicamente oriental e primitivo. Os movimentos de cabeça, mãos, peito, troncos e cambrets interpretam a emoção, já os quadris e os ombros desenvolvem a técnica.
Entre o derbakista e a bailarina precisa existir um entendimento mútuo e é necessário que ele conheça o estilo de dança dela e ela o estilo de toque dele. É fundamental que a bailarina aprenda pelo menos alguns dos ritmos árabes, que são complexos; alguns vêm de países distintos.

Principais ritmos árabes para estudo

BALADI
O mais conhecido e mais utilizado ritmo para a dança do ventre.O Baladi é caracterizado pelos dois dumns no começo. A palavra Baladi significa meu povo, pode. Este ritmo é muito típico e o mais executado pelos músicos e cantores pop, principalmente no Egito, já que possui forte apelo comercial. Sempre seus acentos devem ser muito bem representados durante a dança. Alguns músicos afirmam que o verdadeiro nome do Baladi é Masmoudi Saghir (Masmoudi "pela metade").

DUM – DUM – TAKATA – DUM – TAKATA
Dum dum ta dum ta (batidas mais fortes)
(4/4 TEMPOS)

MAKSOUM:
É um ritmo muito forte, no que se refere ao sentimento de animação. É considerado uma forma mais acelerada do ritmo baladi. Maksoum significa "cortado ao meio", alguma coisa que foi partida pela metade, isto se deve provavelmente ao seu acento forte no contratempo entre o tempo um e dois. Sua diferença em relação ao ritmo Baladi é que o Maksoum principia-se com um Dum enquanto o Baladi, com dois Duns. É amplamente utilizado na música moderna egípcia. Possui duas variações, uma rápida (mais comun) e uma lenta. O Baladi e o Maksoum são os ritmos básicos da música árabe.

DUM – TAK - TAKATA – DUM – TAKATA
Dum ta ta dum t
(4/4 TEMPOS)


SAID:
Traduzido diretamente para o português significa feliz. Ritmo base em danças folclóricas, como a dança da bengala, conhecida em árabe como Raks Al Assaya. É um ritmo árabe 4/4 bastante popular executado em ocasiões festivas. Muito popular no alto Egito, é o reverso do Baladi. Os dois Duns que iniciam o Baladi, aqui são encontrados no centro do compasso. Usualmente tocado de forma acelerada, possui acentos fortes, com sobreposições de graves por todo o compasso (catacofti).
Originários de El Saaid, no Alto Egito , o ritmo saaid e Raks Al Assaya ou Dança da Bengala é dançada por mulheres e é uma versão suave e muito mais delicada que a dos homens. Tradicionalmente usado para "Tahtib", uma dança marcial masculina, na qual os homens simulam lutar com longos bastões. Seus movimentos são fortes, ágeis, marcados por saltos, giros e batidas de bastões.
Além de utilizado em músicas folclóricas é muito utilizado também em outras músicas convencionais.

DUM(dum) – TAK– DUM, DUM – TAKATA
Dum ta dum dum ta
(4/4 TEMPOS)

JABALLE ou CATACOFTI:
Ritmo das montanhas do Líbano. Aparece em músicas folclóricas como Dabke. Este ritmo tem uma pulsação forte acentuada no início da frase musical. Basicamente folclórico, os jabalees são pessoas muito simples, que moram nas montanhas do Líbano. A Dança de roda ou Roda de dabke é realizada muito nos países árabes, para comemorar um casamento, aniversário, nascimento ou algum acontecimento de muita alegria. No Brasil conhecido como jabalee é o mesmo ritmo chamado de catacofti por músicos libaneses utilizado para dançar o Dabke, bem como aparece como sobreposição no Saaid para dançar Raks Al Assaya.

DUM,DUM,DUM, TAK – DUM - TAKA – TAKA
DUM,DUM,DUM – TA – DUM....
(4/4 TEMPOS)


AYUB :
Ritmo da dança ritualística egípcia, dança do êxtase (zaar), dirigida para espantar maus espíritos, afastar energias negativas. É um ritmo 2/4 simples e rápido, usado para acelerar (ou "aquecer") uma performance. Ele se encaixa bem com outros ritmos e geralmente é utilizado para "acentuar" outro ritmo. Não é executado durante tempos muito longos, pois torna-se monótono. É bem parecido com o ritmo Soudi. Comum e claro é tocado no oriente desde a Turquia até o Egito. No Marrocos, numa versão mais acelerada, é presente no folclore e é tocado num compasso de 6 tempos. O som dele, dizem alguns, ilustra em forma de música o andar dos cavalos no deserto. Existe uma dança típica beduína que pode ser apreciada no Egito, onde um homem monta sem cela um cavalo árabe e comanda os movimentos do animal com seus pés. A música tem como base rítmica o Ayub e a melodia desenhada por mizmar (flauta). Tudo permeado de improviso. Quando tocado com dois Duns, chama-se "Bayou". Na dança, Ayub aparece em momentos de transição na música e você necessita usar de criatividade, pois ele por si só é linear e não provoca inspiração gratuita. Atualmente este ritmo é executado dentro de espetáculos de dança, mas sem o objetivo ritualístico, é comum velo ao final de solos de derbake.

DUM – KA – DUM – TAK
Dum dum ta
(2/4 TEMPOS)


SOUDI (KHALEEGE):
Aadany ou Soudi significa "aquilo que é da Arábia Saudita" ou "que vem do Golfo". Khaleege significa Golfo. E é um ritmo 2/4.
Especial para dança Khaleege. Essa é uma dança tradicional originária do Golfo Pérsico. Os movimentos desta dança são marcados nos contratempos, feitos pelo "Merwas" (pandeiro do Yemen). O Tabla ou Derbake, quando tocado sem esse acompanhamento resulta em algo empobrecido e até mesmo descaracterizando a intenção "para cima", que se sente ao ouvir os acentos fora do pulso do compasso. Em festas femininas e casamentos é comum que as mulheres coloquem o tradicional vestido khaleege (chamado de Tobe al Nashar) por cima de sua roupa de festa e dancem sempre. São festas fechadas e familiares.
Os países do Golfo Pérsico onde este ritmo é mais conhecido são: Kuwait, Qatar, Omã, Bahrein, Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos.
No oriente, é chamada dança dos desertos, já que os nômades são os bailarinos tradicionais. As mulheres vestidas com suas longas túnicas de corte geométrico e ricamente bordadas, dançam de forma bastante sensual movendo a cabeça, mexendo os cabelos e marcando o ritmo com os pés. Nos shows tradicionais fora de seu país de origem, às vezes a bailarina para homenagear alguém da platéia que provém de um destes países, insere uma pequena demonstração de khaleege em sua apresentação, o que faz a alegria dos turistas.

DUM – KA – DUM – TAKATA
Dum dum ta
(2/4 TEMPOS)


MALFUF ou LAFF:
Ritmo 2/4 egípcio bastante utilizado na Dança do Ventre, sobretudo nas entradas e saídas do palco, porque fornece uma conexão com os fluxos dos movimentos. O ritmo Malfuf também é chamado de "Laff" no Egito e significa "algo embrulhado, enrolado".
Usado também em alguns folclores árabes e danças específicas, como por exemplo, o "Melea-Laff", a dança do lenço enrolado, típica egípcia e também "Raks El Shamadã", a dança do candelabro. Na primeira dança citada ele é mais acelerado e na segunda ele é mais calmo .Malfuf é comum também no acompanhamento nas danças de grupo e coreografias modernas ou tradicionais. Durante espetáculos de dança do ventre é utilizado como "ponte" de movimento, ou seja, faz a passagem de uma situação cênica para outra.
Para o estudo você pode desenvolver uma versatilidade de deslocamentos com a utilização do Malfuf

DUM – TAK – TAK
(2/4 TEMPOS)


TSCHIFTITILI:
Seu nome significa “2 cordas”, forma como era tocado este ritmo num instrumento chamado "baglamá". Apesar de ser um ritmo tradicionalmente grego e turco, encontra-se presente em vários países do Oriente Médio. Usado para marcações e ondulações, aparece em taksim com outros instrumentos solando. Ritmo 8/4, que é executado lentamente, comparando-o ao Baladi, por exemplo e em essência, também como outros é similar ao Maksoum. Originou-se provavelmente na Grécia ou na Turquia. Além de ser utilizado na Raks El Sharky, também é comum na Turquia e nos países árabes como dança de casais. Alguns consideram como o Whad Wo Noz, usualmente é tocado de forma lenta e moderada preferencialmente mantendo espaços entre as batidas. Os derbakistas apreciam completá-lo com improvisações inesperadas e criativas, como para acompanhar o Taqsim, improvisação melódica de um instrumento solo.
Egípcios utilizam uma versão mais simples do Tschiftitili e a denominam Wahda Khabir.

DUM – TAKA, TAKA – DUM -TAKATA – TAK
(8/4 TEMPOS)


WAHAD WO NOZ:
Significa em português 1 e ½ (um e meio). O ritmo recebe este nome por possuir um acento e meio no começo da frase. Entre suas marcações, entre as batidas, há espaço para preenchimento. No meio e ao final, que é utilizado pelo músico de forma criativa e inusitada.
Compasso 8/4, a metade dele é muito usada nas músicas clássicas também, sendo denominado de "Wahad". Wahad serve para quebrar uma evolução, dando uma sensação de queda de andamento. O Wahad, como é a metade do Wahad Wo Noz, contém 4 tempos por compasso.
Whada significa "um" e corresponde ao primeiro Dum do compasso. Tem sua origem na Líbia. Ele lembra o caminhar de um camelo no deserto. Popularizado como o ritmo para a dança da serpente, onde a bailarina deve mover seu corpo como se fosse uma cobra. Os braços são a prioridade de movimento neste ritmo lento e cadenciado, de origem antiga. Wahad Wo Noz é usado não só em músicas clássicas, como também em taqsims (improvisações melódicas). Aparece com freqüência no início de um solo de derbake proporcionando um começo lento e envolvente para o que vem a seguir. É comum em peças clássicas, o wahad preceder um solo lento de algum instrumento.
Os acentos fortes estão nos tempos um, cinco, seis e sete do compasso, sendo que o tempo três é uma pausa. Deve-se evitar seguir somente os acentos do ritmo para não apagar o solo do instrumento melódico. Ele sim que deve ser seguido e evidenciado. O ritmo turco e grego Tschifftitilli, corresponde ao Wahad Wo Noz egípcio, mas possui uma variação.

DUM – TAKATA – TAKA TA – TAKATA - TAK – DUM – DUM – TAK
***Dum és Tak és Tak Dum Dum Tak és
(8/4 TEMPOS)


MASMOUD:
Pode aparecer com dois ou três DUNS no início da frase musical.
Ritmo 8/4, teve sua origem na Andaluzia. Significa "algo que está suportado por um pilar, como uma estátua ou algo semelhante". É muito usado em músicas clássicas, para trazer à tona diferentes nuances. O Masmoudi é muito similar ao Baladi, só que realizado diminuindo o andamento do compasso, transformando o tempo de quatro, para oito. Possui duas partes, cada uma com 4 tempos. Às vezes a primeira frase tem duas batidas condutoras. Esta versão com dois Duns iniciais chama-se Masmoudi Kbir (Kbir = grande) é também chamado "Masmoudi Guerreando", devido à sua cadência agressiva, supõe-se que ela soa como um homem e uma mulher discutindo. Ele se distingue do Masmoudi Saghir, que é outra versão com três duns. É usualmente chamada "Masmoudi Caminhando". Esta é muito comum na música para dança e é usada para intensificar a percussão criando um momento especial na apresentação, enriquecendo a mesma.


Masmoudi Saghir (pequeno)
DUM, DUM, DUM, Takata – DUM – Takata – Takata – Takata – Tak
(8/4 TEMPOS)
***Para o SNUJ segue a mesma exceção do Whada wo noz:
D – D – D – EDE – D – EDE – DED – EDE – E

Masmoudi Kbir (grande)
DUM, DUM, Takata - DUM - Takata – Takata – Takata – Tak
(8/4 TEMPOS)
***Para o SNUJ segue a mesma exceção do Whada wo noz:
D – D – EDE – D – EDE – DED – EDE – E

Dum Dum és Tak Dum és Tak és Tak (Por Ali Hamze)
(8/4 TEMPOS)


FALAHI:
Ritmo folclórico. Origem do interior caipira (fazendeiros egípcios de natureza simples Falahen). Pode ser usado em danças como: jarro, pandeiro... Ritmo constante e acelerado. Típico para folclore.
Se traduzirmos para o português, significa "caipira". A palavra Fallahi representa algo criado por um Fallahin - camponeses egípcios, que utilizavam este ritmo 2/4 nas suas canções de celebração que estão particularmente conectadas às épocas da colheita.
Geralmente é tocado duas vezes mais rápido que o Maksoum. No Egito os homens dançavam o "Saaid", um ritmo especial para eles e as mulheres tinham o "Fallahi".
Esse ritmo vem do interior do Egito e antigamente, e até hoje, em algumas regiões as mulheres buscam água com um jarro sobre as cabeças e em grupo. Trabalhar, buscar água longe, trazer ou lavar roupas na beira do rio. E para passar o tempo, para se cansar menos, elas tinham canções e dançavam ao ritmo fallahi.
É comum encontrarmos este ritmo na dança do jarro, na dança "Ghawazzi", que é a dança Cigana Egípcia e em todas as danças típicas do interior, danças caipiras do Egito.
Ele é um ritmo onde podemos encaixar passos que tenham duas partes só, porque ele é constante e muito acelerado. É necessário que a bailarina desenvolva precisão e agilidade sem colocar força nos movimentos.

DUM TAKA DUM TAKA
(2/4 TEMPOS)


SAMAAI TKIL:
Ritmo que aparece nas músicas para ouvir e apreciar, não somente dançar. Suavidade e delicadeza são características deste ritmo, originário da Andaluzia (sul da Espanha). É um ritmo muito complexo.
Vem da estrutura antiga de música árabe. A palavra "Samaai" significa "escutar". É uma música montada em cima de uma métrica poética específica, com um ritmo específico e feita para o deleite. Uma música para ser apreciada e não necessariamente dançada. Ritmo amplamente utilizado na música clássica egípcia e na música sufi turca. Possui uma seqüência de três partes: uma com 3 tempos, uma com 4 tempos e uma com 3 tempos. Juntas, compõem um ritmo 10/8 utilizado nas composições chamadas Samaaiat.
Pode aparecer dentro de uma música para dança, mas ela não é tão comum assim. Se essa música for feita para ser apreciada, ela exige de certa forma, todo um respeito e uma contemplação.
Se esse ritmo aparecer numa música para dança é esperado da bailarina que ela possa reproduzir no próprio corpo a suavidade e a delicadeza que este ritmo imprime. E de certa forma, só mesmo acostumando nossos ouvidos escutando as peças mais antigas, poderíamos estar sintonizando melhor este significado.
É o ritmo típico do "Moash'ras" ou andalucia, que é a música que nasceu no sul da Espanha, na época em que os árabes migraram para lá e ficaram por um tempo. Uma música rica, delicada e encantadora.

DUM – TAK TAK TAK- és - DUM-DUM-TÁK - TAK és
(10/8 TEMPOS)


ZAFFE / ELL ZAFI:
Ritmo 4/4 egípcio é o ritmo da marcha nupcial oriental específico para casamento. Em especial, é a despedida da noiva da casa dos pais e a entrada dela numa vida nova. É tocado não só pelo derbake, mas também pelo daff e principalmente pelo mazhar. Normalmente é feita uma procissão, muito típica no Cairo quando a noiva se despede da casa dos pais, na noite do casamento (apenas nesta noite, não no noivado, não no pedido, não em outra ocasião), ela vai passar pela casa da mãe e os amigos vão juntos. Existe uma música que se chama "Do'u El Mazhar", a tradução seria "Que toquem os Mazhars", porque diversas pessoas vão a pé, caminhando junto com a noiva e passam pela casa dela porque ela vai entrar numa vida nova. Este ritual significa que ela possa deixar para trás na noite do casamento qualquer sentimento que possa incomodar os maus-olhados; é como se fosse um ritual de boa-sorte.
Essa procissão, essa passagem tem que ser feita a pé.
Vale a pena dar uma olhada no vídeo da Fifi Abdo, onde há uma representação do Zaffe.

DUM – TAKTAK -TAK – DUM – TAKÁ –S
(4/4 TEMPOS)


VALS:
Surgiu da troca de culturas que existe na arte. Origem ocidental, mas foi recebido dentro da música árabe. Ritmo 3/4 utilizado na música oriental e também na música ocidental, conectado à própria valsa. Transmite uma influência, mas de certa forma interrompida por sua contagem de tempo em número ímpar. Encontrado especialmente nas músicas clássicas egípcias. O acento principal encontra-se no primeiro tempo do compasso.

DUM – TAKÁ – TAKÁ
(3/4 TEMPO )


KARACHI:
É usado no Egito e norte da África. É um ritmo bem acelerado, curto e constante.
Ritmo 2/4, significa "rolar". É um ritmo rápido, amplamente utilizado no Egito e no norte da África, apesar de não ser um ritmo egípcio. É fácil perceber que ele não pertence à música egípcia, porque o início de seu compasso não é marcado por Dum (uma batida grave), mas por Tak (uma batida aguda). Este não é um ritmo comum.
Bom para deslocamentos. Mais comum em entradas e saídas de palco. É curto e constante.

TAK TARAK DUM
(2/4 TEMPOS)

Origem e significado da dança do ventre


Significado

O nome correto dessa dança é Raks Sharki, que quer dizer dança oriental ou dança do oriente. Para a América, o nome dança oriental pode significar dança japonesa, chinesa, tailandesa, etc. Por isso, nos EUA foi chamada de Belly Dance e no Brasil, Dança do Ventre. Essa denominação deve-se aos movimentos, que são predominantes no ventre e quadril feminino.
A dança do ventre é uma forma de expressão artística da cultura árabe.É uma arte milenar que atulmente atrai muitas mulheres a pratica-la pois é uma atividade completa que trabalha não so o corpo como a mente.Proporciona a mulher um encontro consigo mesma,descobrindo seu corpo.
Não é uma dança vulgar,e esta é a grande luta para quem é profissional da área, mostrar para as pessoas que a dança do ventre é uma expressão cultural e quem tem sim uma pitada de sensualidade, porque isto vem da mulher, esta diretamente relacionado com ser feminina.Mas não algo voltado para sedução ou vulgarização.

Origem

Não existe uma data e região do oriente específica onde tenha surgido essa dança, mas há relatos de que tenha surgido desde a idade da pedra lascada e com o passar dos anos foi se aprimorando.
Na antiguidade havia templos aonde aconteciam cultos a deuses, incluindo a deusa da fertilidade e o povo daquela época acreditava que a mulher era a representante viva da grande mãe por que acreditavam que deus tinha a forma de uma mulher por que dentro do conhecimento que tinham na época a mulher era quem dava a origem à vida. Os homens acreditavam que o ventre da mulher era sagrado,pois até o momento não sabiam que eles também tinham participação na gravidez.Por isso as mulheres dançavam em reverência a grande mãe utilizando na maioria de seus movimentos, o ventre.Com o passar dos anos a mulher tornou-se submissa ao homem e a dança do ventre tornou-se parte da cultura árabe onde era ensinada de mãe para filha ou até mesmo mulheres com bastante experiência na dança eram contratadas para ensinar as adolescentes e prepará-las para o casamento e futura gravidez e parto.